Desapego, em noite quente sem vento,
dói o corpo nessa selva de pedra,
fria em desespero!
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Vejo o alto, triste notícia aos meus olhos
e aos ventos,
meu céu noturno é cinza e negro!
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Lembro desse jeito dos nossos rios, o mais puro veneno,
água triste afogada em cimento!
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Procuro alma, respiro calma, tenho sonhos,
acredito em milagres, seu cartão pronto,
você em destino ao embarque!
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Para onde foram vocês, estrelas belas do céu cinzento?
Para onde correram vocês, claras águas sumidas, com medo em silêncio?
Para onde assopraram você, vento da vida, quente, doce perfume, voando pesado, estranho metálico, sem pluma, já embarcado?
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Voa sem graça, não bate asa,
sem nenhum abraço ao vento,
rompe intenso o nosso silêncio!
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E você, está em direção ao povo amargo,
pensando num chá gelado?
Nesse céu denso, prefiro seu cabelo,
negro aveludado!
Um lindo pano escuro bem traçado!
Aqui sem tudo isso e tanto disso,
sobrou eu, comigo mesmo!
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Você precisando um tanto de café
de nossos antes cafezais!
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Rumando a escada,
sobra saudade na pista de decolagem
e o próximo salto será para além cais.
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Vento solto voa e volte,
traga aqui aquela prometida paz!
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Se não descer com essa água nova,
se não me deixar ver essa supernova!
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Assopro aqui da terra seu corpo inteiro
Bebo dessa água com meu beijo,
antecipo as cheias para fevereiro
Pego seu brilho de estrela com meu olho negro,
o brilho no olhar reflete intenso.
......
Por fim te buscaria, e assim faria,
uma viagem às nuvens para abraçar o vento!
VIAGEM ÀS NUVENS PARA ABRAÇAR O VENTO
Felipe Anderson (2016)
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O TROPICAL
Arte e Cultura
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