Nos liberte desse Apartheid!
- Algemas, prisões e coronéis,
me tirem dessas grades!
- Condenação, ditaduras, racismo, repressão;
injustiças tolas ou mera humanidade?
Esse espírito livre apenas voa,
onde quer que ele esteja,
nada poderá lhe aprisionar,
pensamento de um Mandela Africano.
- Nada abafa meu verso e meu cântico!
- Mesmo sem língua,
o silêncio ecoa dentro de mim,
ecoa e ecoa!
...Pensaria Mandela!
- Liberdade, liberdade,
é da minha alma;
voa e eu canto
pela eternidade!
Aqui jaz um profeta esquecido
na solitária e eternizado nessa metáfora!
Racismo tolo,
alguns homens brancos sempre em guerra
contra a humanidade,
alguns homens negros acreditando
que devem fazer o mesmo
e ser capatazes.
Todos sem amor, inseguros de si,
propagando a dor,
independentemente da cor!
A todos o ódio escravizou...
Guerra Racial, Social, Étnica,
Ideológica, Civil, Mundial!
Tolos, gastando suas balas
com vidas imortais,
generais, capitães do mato
e seus rifles imorais!
- Mandela, Mandela...
O canto ecoa!
Uma criança africana soa esse verso,
de pé no Cabo da Boa Esperança,
chorando sem esperança!
Criança nova em fuga velha,
corre e foge do capataz,
perdido, assustado.
Chorando canta seu poema
ao vento em versos livres.
Seu coração bate, diz diferentes línguas,
holandês, zulu, japonês, alemão,
inglês, hindu, árabe e cantonês...
Uma só criança,
cantando atormentado
no alto do Cabo da tormenta.
- Me ajude, me ajude,
- Mandela, Mandela!
No peito e no bolso uma mandala,
uma arte de cultura Zulu,
da luz e das trevas.
Ele joga ao ar!
- Renasça, meu príncipe!
- Mandela, Mandela, Mandela!
A Mandala plana no ar,
se quebra ao meio,
trevas para esquerda,
luz para direita!
Pousa no ar e se divide!
...Cai, vai ao mar
Em fúria estão as ondas,
os oceanos a dragam,
cada parte.
A criança canta e chora!
- Mandela, Mandela!
O mar ergue-se em fúria,
o Pacífico e o Atlântico!
Nuvens brancas em céu negro,
tempestade se aproxima
e o mar se inclina!
Os caçadores se aproximam
e gritam:
- Está lá, negro miserável,
- Eu vou te pegar!
A criança se ajoelha,
reza e canta.
- Mandela, Mandela!
Cai a fúria do trovão -
um raio cai antes
da chuva no chão...
Derruba uma gigantesca árvore!
Antes de cair de corpo e alma
a árvore gira, corta a tudo
e a todos que estão acima do chão.
Uma ceifa de árvore madura,
esmaga todas as coisas
de um metro até cinco de altura,
esmaga os soldados da ditadura.
Naquele raio de espaço
entre o caçador e a refeição,
só se salva o que já estava no chão!
Criança zulu ajoelhada no chão canta...
- Mandela, Mandela,
- Fiz essa mandala de coração,
- Perdoe meu medo e ouça minha oração!
Os capatazes perdem seus corpos, suas vidas,
perdem sua caça e a criança caçada!
...Mandela, Mandela, nos liberte da luz e da escuridão!
Poema Invictus
Nelson Mandela
UMA MANDALA PARA MANDELA
Felipe Anderson (2016)
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